Abrindo as portas para inclusão
Por Rita de Cassia Prado RU:284462
Polo Sítio Cercado – Cidade Curitiba-Paraná
Data 14-08-2017
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| Fonte: www.prodeaf.net |
Em meio a inclusão de
crianças com deficiência, algumas escolas saem à frente, investindo em novas
tecnologias, como é o caso de uma escola particular no interior do Paraná, que
desde 2016, já faz uso de aplicativos para melhorar as atividades em sala de
aula.
A escola Maria Clara
Medeiros, localizada na cidade de Francisco Beltrão, Paraná, fundada em 1998,
atendendo desde a educação infantil, o ensino fundamental, e o ensino médio.
Conta com mais de 500 alunos matriculados em três turnos.
Maria Clara Medeiros é uma
escola bem estruturada, e muito conceituada, contando com uma equipe de
profissionais extremamente qualificada. Entre esses profissionais, uma que vem se
destacando, é a professora Simone Dias, de língua portuguesa.
Diante da nova realidade,
a escola se viu no dever de investir em novas tecnologias, para melhor atender
aos alunos com deficiência. O celular por exemplo, tem sido uma ferramenta
indispensável em sala de aula, principalmente nas aulas de português da
professora Simone que viu a dificuldade de seus alunos do 6º ano A, em se
comunicar com o coleguinha Henrique, que é surdo desde que nasceu, e libras sempre
foi a sua língua materna.
Rique, como carinhosamente
é chamado pelos seus familiares e amigos, demonstrava a vontade de estudar em
uma escola regular, e isso só foi possível por causa da nova lei de inclusão.
Pesquisando algumas
inovações, Simone descobriu um aplicativo que julgou muito interessante, era
exatamente o que ela estava precisando, esse aplicativo era o Pro Deaf.
Ao se aprofundar no
assunto, observou o quanto esse aplicativo seria importante para turma. Essa era
uma maneira de derrubar as barreiras da comunicação, Simone então apresentou a
ideia, que tão logo foi aceita, Rique e seus coleguinhas adoraram a novidade,
conversar ficou fácil, e com essa atitude positiva por parte de Simone a escola
pretende ampliar o uso do aplicativo em outras disciplinas.
Segundo pesquisas, no
Brasil existem aproximadamente, mais de 10 milhões de surdos, e 2,7 milhões que
não conhecem a língua portuguesa.
Muitas são as tecnologias,
disponíveis para facilitar a vida de quem tem alguma necessidade especial, e os
aplicativos tem sido uma ferramenta indispensável.
A cada dia, surge uma nova
ideia, e o Pro Deaf foi criado exatamente para facilitar o convívio de pessoas
surdas com as ouvintes, utiliza um personagem em 3D, com expressões faciais e,
corporais.
O Pro Deaf é um
aplicativo, que traduz textos em português para libras, ele conta com a ajuda
de um dicionário, e com sistema inteligente que transforma voz em língua de sinais,
ajudando na comunicação, tem também um dicionário virtual, que facilita a
tradução das palavras.
O Pro deaf, surgiu em
2010, no curso de mestrado em ciências da computação da universidade federal de
Pernambuco, através de colegas de classe, e um deles era Marcelo Amorim, que
serviu de inspiração por ser deficiente auditivo, as dificuldades eram vistas
no dia a dia, e aí surgiu a ideia de criar um projeto que facilitasse a
comunicação. “Nós acompanhamos as dificuldades que ele enfrentava até mesmo na
cantina, para pedir um sanduíche” diz João Paulo Oliveira, um dos colegas de
Amorim.
Essa ideia, foi
apresentada ao Bradesco Seguros, que acabou patrocinando o projeto depois de
muitas mudanças, até chegar ao formato atual.
O Pro Deaf móvel, é gratuito
e disponível para android, ios, e Windows phone, conta com um recurso de
criação de novos sinais, podendo atender ao regionalismo, que era uma das preocupações
por parte dos colegas. A conexão com a internet não é necessária, porém, se
houver o sinal o aplicativo funciona de uma forma melhor.
Esse aplicativo, é de
muita importância para auxiliar o trabalho de intérpretes de libras, mas não
substitui um professor em sala de aula. A única desvantagem é o custo do
aparelho de celular que não é acessível a todos que necessitam do aplicativo.
“Aplicativos e soluções
podem fazer grande diferença na conexão dessas pessoas com o mundo ao seu redor
e, para isso, desenvolvedores são capazes de aproveitar tecnologias que fazem
parte do dia a dia das pessoas em prol de uma missão bastante nobre”.

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