quinta-feira, 24 de agosto de 2017

RU:284462 Rita de Cássia Prado

                                     

                                                       Abrindo as portas para inclusão
Por Rita de Cassia Prado RU:284462
Polo Sítio Cercado – Cidade Curitiba-Paraná
Data 14-08-2017


Fonte: www.prodeaf.net

Em meio a inclusão de crianças com deficiência, algumas escolas saem à frente, investindo em novas tecnologias, como é o caso de uma escola particular no interior do Paraná, que desde 2016, já faz uso de aplicativos para melhorar as atividades em sala de aula.

A escola Maria Clara Medeiros, localizada na cidade de Francisco Beltrão, Paraná, fundada em 1998, atendendo desde a educação infantil, o ensino fundamental, e o ensino médio. Conta com mais de 500 alunos matriculados em três turnos.

Maria Clara Medeiros é uma escola bem estruturada, e muito conceituada, contando com uma equipe de profissionais extremamente qualificada. Entre esses profissionais, uma que vem se destacando, é a professora Simone Dias, de língua portuguesa.

Diante da nova realidade, a escola se viu no dever de investir em novas tecnologias, para melhor atender aos alunos com deficiência. O celular por exemplo, tem sido uma ferramenta indispensável em sala de aula, principalmente nas aulas de português da professora Simone que viu a dificuldade de seus alunos do 6º ano A, em se comunicar com o coleguinha Henrique, que é surdo desde que nasceu, e libras sempre foi a sua língua materna.

Rique, como carinhosamente é chamado pelos seus familiares e amigos, demonstrava a vontade de estudar em uma escola regular, e isso só foi possível por causa da nova lei de inclusão.

Pesquisando algumas inovações, Simone descobriu um aplicativo que julgou muito interessante, era exatamente o que ela estava precisando, esse aplicativo era o Pro Deaf.

Ao se aprofundar no assunto, observou o quanto esse aplicativo seria importante para turma. Essa era uma maneira de derrubar as barreiras da comunicação, Simone então apresentou a ideia, que tão logo foi aceita, Rique e seus coleguinhas adoraram a novidade, conversar ficou fácil, e com essa atitude positiva por parte de Simone a escola pretende ampliar o uso do aplicativo em outras disciplinas.

Segundo pesquisas, no Brasil existem aproximadamente, mais de 10 milhões de surdos, e 2,7 milhões que não conhecem a língua portuguesa.

Muitas são as tecnologias, disponíveis para facilitar a vida de quem tem alguma necessidade especial, e os aplicativos tem sido uma ferramenta indispensável.

A cada dia, surge uma nova ideia, e o Pro Deaf foi criado exatamente para facilitar o convívio de pessoas surdas com as ouvintes, utiliza um personagem em 3D, com expressões faciais e, corporais.

O Pro Deaf é um aplicativo, que traduz textos em português para libras, ele conta com a ajuda de um dicionário, e com sistema inteligente que transforma voz em língua de sinais, ajudando na comunicação, tem também um dicionário virtual, que facilita a tradução das palavras.

O Pro deaf, surgiu em 2010, no curso de mestrado em ciências da computação da universidade federal de Pernambuco, através de colegas de classe, e um deles era Marcelo Amorim, que serviu de inspiração por ser deficiente auditivo, as dificuldades eram vistas no dia a dia, e aí surgiu a ideia de criar um projeto que facilitasse a comunicação. “Nós acompanhamos as dificuldades que ele enfrentava até mesmo na cantina, para pedir um sanduíche” diz João Paulo Oliveira, um dos colegas de Amorim.

Essa ideia, foi apresentada ao Bradesco Seguros, que acabou patrocinando o projeto depois de muitas mudanças, até chegar ao formato atual.

O Pro Deaf móvel, é gratuito e disponível para android, ios, e Windows phone, conta com um recurso de criação de novos sinais, podendo atender ao regionalismo, que era uma das preocupações por parte dos colegas. A conexão com a internet não é necessária, porém, se houver o sinal o aplicativo funciona de uma forma melhor.

Esse aplicativo, é de muita importância para auxiliar o trabalho de intérpretes de libras, mas não substitui um professor em sala de aula. A única desvantagem é o custo do aparelho de celular que não é acessível a todos que necessitam do aplicativo.

“Aplicativos e soluções podem fazer grande diferença na conexão dessas pessoas com o mundo ao seu redor e, para isso, desenvolvedores são capazes de aproveitar tecnologias que fazem parte do dia a dia das pessoas em prol de uma missão bastante nobre”.

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