AUTISMO E OS
AVANÇOS TECNOLÓGICOS
Por - Jessica Barankievcz da Silva da Cruz
RU: 1737058
Juliane de Oliveira RU:
1297277
Polo – Curitiba, Sitio Cercado
Data - 09/08/2017
O autismo é um
transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de
vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social. O
Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de “Déficits
persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos
contextos, atualmente ou por história prévia”, de acordo com o DSM-V.
A maioria dos pais
de crianças com autismo suspeita de algo errado antes de completar 18 meses de
idade, buscando ajuda aproximadamente aos 2 anos. As crianças com autismo
normalmente têm dificuldades em: brincar de faz de conta, interação social e
comunicação verbal e não verbal.
Facilmente associa-se
educação inclusiva à educação especial, onde há muita diferença entre educando
inclusivo com educando especial. Nem todas as inclusões podem ser diagnosticada
como educação especial, exemplo disso cita-se: alunos com dificuldade de
audição, este necessita de educação inclusiva. Outro exemplo é aluno autista, este
necessita de um tempo com atividades especiais porém integrado a uma educação
inclusiva sendo inserido em atividades extra curriculares em escola regulares, nem
toda perspectiva inclusiva se refere aos estudantes que são público-alvo
da educação especial.
Isso se explica, em
parte, pelo fato de que a discussão sobre educação inclusiva passou a ser pauta
da agenda política na década de 1990, por uma reivindicação das pessoas com
deficiência, seus familiares e de grupos organizados em torno da defesa de direitos. De fato, especialmente os estudantes com
deficiência estiveram excluídos ou segregados do sistema regular de ensino até
recentemente. O movimento no sentido de incluí-los ficou associado à expressão
“educação inclusiva”, pois os principais marcos normativos – que são
assertivos em relação à perspectiva inclusiva – foram originados a partir do
debate da educação especial.
Efetivar essa pedagogia inclusiva requer não apenas um professor
capacitado, mas também tempo de planejamento, recursos materiais e humanos, trabalho
colaborativo entre profissionais e entre escola e família e uma cultura escolar inclusiva dentro e
fora da sala de aula.
Hoje há uma
obrigatoriedade das escolas regulares e muitas de tempo integral, ofertar vagas
para alunos com deficiências, sendo direito estudar e ter acompanhamento de um
docente preparado para ajudar nas atividades escolares e sendo acompanhado por
profissionais dando suporte para o mesmo e também para a equipe escolar poder
atendê-lo com excelência. Muitos através de estudos pedagógicos conseguem
frequentar duas escolas, um período sendo escola regular e outro sendo escola
especializada na sua peculiaridade.
É de se acreditar
que a utilização das novas tecnologias de comunicação e informação (TIC), tais
como internet, jogos em tablet e computadores no processo ensino-aprendizagem
de crianças autistas podem permitir que elas associem imagens mostradas na tela
com a realidade diária, direcionando-as para as áreas em que a criança autista
apresentam maior dificuldade, como por exemplo na comunicação e convívio
social. Há casos de alunos que conseguem através destes recursos vivenciar o
presente participando das aulas e ate mesmo expondo seu conhecimento através do
uso da tecnologia.
Uma abordagem que vem obtendo
bons resultados com relação ao tratamento e ensino de pessoas com autismo é o
TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações), um
programa criado em 1964, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), por Eric
Schoppler e colaboradores. O programa TEACCH trabalha essencialmente com a
estruturação do tempo, atividades, materiais e ambientes utilizados pela
criança visando compensar os déficits característicos do autismo e proporcionar
ganhos significativos para o convívio social.
Procurando superar este
obstáculo, o aplicativo ABC Autismo foi criado com o intuito de auxiliar no
processo alfabetizador de crianças com autismo. O ABC Autismo incorpora alguns
aspectos de uma abordagem manual, o TEACCH, método amplamente difundido e
comprovadamente eficaz na conduta autista. O aplicativo em questão utiliza uma
plataforma móvel, foi desenvolvido inicialmente para Tablets com o sistema
operacional Android, e foca diretamente no ensino de habilidades necessárias
para a alfabetização da criança autista, tais como habilidades de
correspondência, pareamento e letramento inicial.
A versão free do aplicativo
mobile ABC Autismo possui 4 níveis de complexidade também conhecidos como
níveis de trabalho. Cada nível apresenta 10 atividades sequenciadas em ordem
crescente de complexidade. A complexidade dentro da aplicação é medida pela quantidade
de estímulos dado a criança, bem como a quantidade e formas de elementos
apresentados.
O uso do aplicativo animaram a
todos os envolvidos com o universo autista. Do ponto de vista dos
profissionais, tal aplicação propiciará uma otimização e melhoria de qualidade
do serviço oferecido às crianças. Para os pais o aplicativo representa uma nova
“esperança” para um efetivo tratamento de seus filhos.
O aplicativo representa um novo brinquedo,
iterativo, divertido, onde poderão aprender prazerosamente com imagens e
representações comuns ao seu dia a dia.
Há uma necessidade de
divulgação mais ampla para todos envolvidos na Educação, pois ainda está em
defasagem as sugestões relacionadas ao trabalho com a criança autista.
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