PROFESSORA DE COLÉGIO DO
INTERIOR DO PARANÁ MUDA SUA ROTINA PARA AUXILIAR ALUNA COM NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS
Por: Kelli Francielli Santos Picotti,
RU:1114123 e Joracy Joel Alves de Lima, RU: 1109440
Polo Sitio Cercado – Curitiba
Data: 23/08/2017
Fonte:
www.dislexclub.com/aplicativo-aramumo
A pergunta que se faz quando
se refere a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas, sejam
elas públicas ou privadas, é se estão preparadas para receber esses alunos? O Colégio
Estadual Professor Albino Moreira, localizado na Cidade de Porto Vitória, no
interior do Paraná, este ano pela primeira vez recebeu uma aluna com
necessidade especial. Karina (9) é portadora de dislexia. Segundo a Professora
de Português Maria dos Anjos, quando Karina começou a estudar, observou-se com
base no comportamento que a aluna apresentava, como dificuldade na leitura e na
escrita, desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho
escolares e perda de seus pertences, entre outros problemas. Sendo assim, e em
conversa com a psicopedagoga do Colégio, constatou-se que Karina necessitava de
cuidados e de atenção especiais. Por ser
uma aluna de origem humilde, sem condições financeiras, e o Colégio não possuir
recursos para comprar, a professora teve a iniciativa de conversar com outros
professores e pais voluntários que doaram um tablet para o Colégio, para que fosse utilizado no aprendizado de
Karina.
No tablet a professora
baixou vários aplicativos que auxiliam ela em suas tarefas escolares, o que foi
e está sendo muito proveitoso para a inclusão de Karina em sala de aula. Dentre
os aplicativos instalados, a aluna Karina se identificou mais com o aplicativo
ARARUMO, o que a professora destacou como muito importante para o relacionamento dessas pessoas, pois
minimiza e fixa suas habilidades de comunicação.
Segundo o site www.dislexclub.com, é um aplicativo exclusivo
para crianças com dislexia. Esse App foi desenvolvido por alunos do Instituto Tecnológico
Da Aeronáutica, em parceria com o Instituto ABCD, com foco no desenvolvimento linguístico
de crianças disléxicas, sendo que o jogo venceu desafio promovido pelo
Instituto ABCD e serve para auxiliar na educação de jovens e crianças com
dislexia e outros distúrbios que afetam a aprendizagem.
Como funciona: o Aramumo
se assemelha às palavras cruzadas. Só que em vez de letras avulsas, o jogador
deve utilizar sílabas para formar palavras. Ele ouve uma série de palavras e
deve encaixar as sílabas que aparecem flutuando na tela dentro de bolhas para
formar palavras no tabuleiro virtual. É bom porque: possui interface simples e
atraente, estimula o raciocínio e possibilita que o aluno amplie o vocabulário.
Disponível somente para Android, na loja da PlayStore.
“Foi um desafio muito
importante para mim, enquanto docente, pois me estimulou a pesquisar na
internet e ler livros sobre assuntos que envolvem a inclusão de alunos com
necessidades especiais em sala de aula, e também a arregaçar as mangas,
buscando condições de melhorar o aprendizado de Karina”, nos disse a professora
Maria. Também destacou que juntamente com a equipe pedagógica da escola criaram
um grupo de trabalho, onde pretendem viabilizar um projeto que vise apoiar
essas crianças. Também pretendem buscarem recursos junto ao Poder Público
Estadual e Municipal, com apoio da comunidade escolar a fim de que esse projeto
seja aprovado e se torne realidade no auxílio de crianças que porventura venham
a estudar no Colégio no futuro, cumprindo o que diz a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 “...de uma escola inclusiva que garanta
o atendimento à diversidade humana”. Pois o aluno com necessidade especial tem
o direito de buscar o seu desenvolvimento e assim exercer seu papel na
sociedade. A escola deve se preparar para incluir o aluno especial, e não ao
contrário.

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