PROFESSORES DE CURSO
SUPERIOR A DISTÂNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DE CURITIBA-PR UTILIZAM
DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS COM ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS VISUAIS.
Recursos tecnológicos como: material
pedagógico ampliado ou em relevo, impressão em Braille, lupas, teclados
especiais e software com acessibilidade são utilizados pelos alunos.
Por Patrícia Galli da Silva, 1322820.
Polo – Sitio Cercado/Curitiba.
Data: 28/08/2017.
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Fonte: <http://ufrr.br/ultimas-noticias/1790-inclusao-digital-nucleo-construir-promove-curso-para-alunos-com-deficiencia-visual>.
Professores de curso superior a
distância de uma instituição de ensino de Curitiba utilizam diferentes recursos
tecnológicos com alunos portadores de deficiência visual com quadro de cegueira
e de visão reduzida como: material pedagógico ampliado ou em relevo, impressão
em Braille, lupas, teclados especiais e software com acessibilidade. Os
discentes recebem ainda todo o material didático e livros em CD digital, com os
quais podem realizar a leitura através do Software Jaws e DOSVox. Eles têm
acesso também ao ambiente virtual de aprendizagem (AVA), que é um recurso
tecnológico que permite a interação entre professores e alunos de diferentes lugares.
Os programas mais utilizados atualmente pelos alunos são o Moodle, o Claroline,
o Solar e o TelEduc. Os alunos com quadro de cegueira, no entanto, utilizam o
ambiente Claroline, onde podem realizar a leitura através do leitor Jaws e
DOSVox.
Para Karina Gomes Rodrigues e Edí
Marise Barni, pesquisadoras pós-graduadas em psicopedagogia pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná “os recursos tecnológicos no processo de ensino-aprendizagem
passam por mudanças rápidas na sociedade contemporânea, que vem afetando
diretamente o papel da escola como articuladora do conhecimento sistemático”. Elas
afirmam ainda que “eles têm provocado diretamente e indiretamente as mudanças
educacionais e culturais na sociedade e que essa mudança tem provocado no
sistema educacional buscas e reflexões no processo de ensino-aprendizagem”.
As pesquisadoras destacam que para
alcançar os objetivos propostos para uma educação produtiva não é possível
moldar a tecnologia utilizada na educação baseando-se em um sistema
convencional, mas que é necessário uma combinação de elementos que produzam-na,
dentre eles, os exemplos citados por elas são: “construções, equipamento
escolar, corpo docente, meios de comunicação, procedimentos de aprendizagem e
instrução, computadores, rádio web, televisores etc”.
Elas afirmam que “na perspectiva da educação
inclusiva, os recursos tecnológicos são de fundamental importância”, pois são empregados
como “instrumento facilitador da aprendizagem”, além de investigar na “criatividade
uma alternativa para que o aluno realize o que precisa ou deseja, proporciona
também “uma melhor comunicação e permite assim, que o aluno cego ou com visão
reduzida, construa individualmente ou coletivamente novos conhecimentos”.
Segundo as escritoras, em relação ao
ensino a distância, ainda é recente a “disseminação dos AVAs”, havendo maior
utilização, apenas depois da chegada da internet de banda larga.
Acrescentam ainda que um importante aspecto
desse tipo de ensino é a “adoção de tecnologias que permitam uma maior
flexibilidade na apresentação de conteúdo, podendo ser interpretadas pelos
alunos com deficiência visual, através de dispositivos de interação especiais”.
Avaliam também que esse tipo de plataforma
virtual de aprendizagem apresenta abundantes mecanismos capazes de “mediar a
relação do professor com o aluno, tais como: acesso ao conteúdo das aulas,
disponibilização de vídeos, testes, exercícios, participação em fóruns, chat” e
que depende da “criatividade do professor” para que essas “possibilidades” se ampliem.
Mas reforçam que, para que essas plataformas
“tenham um foco na aprendizagem”, é preciso que sejam criadas com enfoque na “necessidade
dos cursos oferecidos” e que os profissionais responsáveis por sua aplicação na
aprendizagem sejam capacitados e acompanhem as evoluções dos programas.

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