Por Juliana Carinelle Poletto RU- 179345
Polo – Sitio Cercado Curitiba
Data 19/08/2017
Fonte: https://canaltech.com.br/apps/Alunos-do-ITA-criam-aplicativos-que-auxiliam-criancas-com-dislexia/
A Escola Aldeia Betânia, localizado no bairro Atuba- Curitiba, está proporcionando no segundo semestre ano de 2017, a experiência do uso de um novo aplicativo chamado Aramumo, um app em forma de jogo que possibilita alunos com dislexia, a estimular o desenvolvimento linguístico de forma divertida, sendo possível que crianças disléxicas e com transtornos de aprendizagem possam ser estimuladas a aprendizagem de uma forma mais prazerosa.
Com a criação de políticas educacionais cada vez mais preocupadas com o desenvolvimento integral do educando, criou-se a necessidade de adequar e aprimorar o processo de ensino nas instituições. Atualmente além de existir uma vasta literatura que subsidia a prática do professor frente às deficiências, também se dispõe de inúmeros recursos didáticos capazes de tornar o processo de ensino e aprendizagem muito mais efetivo para o aluno. Entre esses instrumentos destaca-se o uso de jogos no cotidiano escolar, pois o mesmo além de se mostrar convidativo, abrange outras áreas fundamentais para o desenvolvimento global do educando. A Educação inclusiva tem por objetivo perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os alunos englobados em um sistema regular de ensino. Diante de tal fato, há então a necessidade de se criar uma prática educativa coletiva e flexível, que deve partir desde o professor até a sociedade como um todo.
É perceptível que na Educação, tanto de escolas públicas quanto particulares, a falta de acompanhamento do ritmo de avanços tecnológicos, ficando cada vez mais atrasadas nas questões tecnológicas, sendo o ensino tradicional e o uso do livro didático predominante nas salas de aula, o que causa desinteresse, tensão e dificuldades na compreensão da disciplina, isso acontece tanto para o aluno não inclusivo quanto para os inclusivos com deficiências não só físicas, mas também cognitivas.
Na área da leitura a Dislexia é uma dificuldade em mapeamento fonético, onde se têm dificuldade em correspondência com várias representações ortográficas para sons específicos, também a dificuldade com orientação espacial, que é estereotipado na confusão das letras b e d, assim como outros pares p e q, e a dificuldade com a ordenação sequencial, que a pessoa pode ver uma combinação de letras, mas não consegue percebê-las na ordem correta. Pensando nisso a escola investiu no app Aramumo, o qual foi lançado em 2012 por alunos da ITABits, em parceria com outras instituições.
Neste jogo a criança ouve o conjunto de palavras e tenta organizar as sílabas de forma correta nos quadrados, as letras são posicionadas em forma de bolhas de sabão, lembrando um quebra-cabeça de palavras cruzadas, trazendo também a ludicidade e diversão para as crianças e o jogo não para por aí, a cada desafio cumprido, a criança recebe novos desafios que são aplicados de formas diferenciadas, o jogo serve tanto para crianças como para jovens disléxicos e com dificuldades de aprendizagem em geral.
Inicialmente a escola precisou preparar os professores em como auxiliar o aluno no uso do app de forma correta e como manusear para que esses alunos com dificuldades de aprendizagem sejam beneficiados, a final, não somente a inserção dos recursos tecnológicos na sala de aula são importantes, mas a metodologia que vai ser inserida precisa ser refletida, para que a aula seja desenvolvida de acordo com os objetivos do professor, pois a inserção de recursos tecnológicos se não for bem aplicada, a aula não passará de método tradicional com a inclusão de recurso tecnológico, a intensão é despertar a curiosidade do aluno e instigá-lo a uma busca prazerosa em seu processo de ensino aprendizagem.
Em geral o aplicativo foi implantado nas aulas de português, para crianças já pré-alfabetizadas e para adolescentes e jovens com dificuldades de aprendizagem. Com vistas aos exemplos citados, o jogo enquanto recurso pedagógico além do conhecimento adquirido pelo educando com deficiência, mostra a ele próprio o que é capaz de realizar, não sobressaltando as suas limitações mais sim suas potencialidades.

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