ABC AUTISMO – UM MUNDO DE
ATIVIDADES COLORIDAS E PEDAGÓGICAS
Iascra Barbosa Honório, RU 256919,
Juliana Patrícia Silva de Goês, RU 1877204, Vanessa Jakobovski RU 1818111
Sítio Cercado – Curitiba
Data: 16/08/2017
As crianças autistas, tal como todas as
crianças, são diferentes no comportamento e habilidades. Todas as crianças com
autismo têm sintomas diferentes, o que torna difícil diagnosticar o autismo. O
autismo altera a forma como ver o mundo, uma criança autista não interpreta as coisas
ou os sentimentos, é difícil para um autista relacionar-se com outras pessoas
ou expressar-se através de palavras. Os autistas normalmente isolam-se num
mundo deles e precisam de ajuda para se comunicar, crianças com autismo têm mais
dificuldade, ou não conseguem associar coisas e tem dificuldade em ligar as
palavras ao seu significado, é muito frustrante para uma criança tentar dizer
qualquer coisa e não encontrar as palavras certas. O autismo afeta cerca de 1
em cada 150 pessoas, mas ninguém sabe ainda qual a causa, alguns cientistas
pensam que existem crianças com maior probabilidade de ter autismo porque já
existe ou existiu alguém autista na família, esta é uma explicação genética, mas
existem crianças que são autistas sem nunca ter havido ninguém autista na
família.
O aplicativo ABC Autismo foi desenvolvido com
base nas premissas do programa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças
com Déficits relacionados com a Comunicação (Teacch), criado em 1964, na
Universidade da Carolina do Norte (EUA) e utilizado no mundo todo para auxiliar
no processo de alfabetização de crianças com o transtorno de desenvolvimento. De
autoria do grupo de pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), o ABC
Autismo estimula habilidades como transposição e discriminação e também avalia
o letramento, incluindo repartição de sílabas, conhecimento de vogais e
formação de palavras. O jogo vai aumentando progressivamente o nível de
dificuldade de raciocínio. .
Para ganhar a atenção das crianças autistas,
o aplicativo interage com níveis divertidos para a criança. E em seus dois
primeiros níveis a criança começa aprendendo habilidades como discriminação e
transposição. Do terceiro nível ao quarto, o jogo começa a ficar mais complexo,
sendo que o último nível está plenamente de acordo com o quarto nível do
Teacch, abordando a questão do letramento, no qual é ensinado a repartição de
sílabas, conhecimento de vogais e formação de palavras. Versão que contempla
todos os dispositivos Android, nos idiomas Português, Espanhol e Inglês.
Na Escola Municipal Paulo Freire em
Curitiba-PR a professora de apoio de Língua Portuguesa Vanessa Jakobovski do
aluno Lucas Vinicius (11 anos) com transtorno de autismo, usa esse recurso
através do tablet a seu favor na alfabetização e na inclusão do aluno na
escola. Lucas não é alfabetizado devido ao seu grau grave de autismo, não
apresenta linguagem verbal e escrita, mas reconhece letras e figuras se forem
insistido ao mesmo. O jogo auxiliou no raciocínio e na atenção do Lucas, pois o
jogo chamou sua atenção pelas suas formas, cores e no incentivo de atividades
divertidas.
Para os pais o aplicativo representa uma nova
“esperança” para um efetivo tratamento de seus filhos, pois muitos relataram
que existem inúmeros aplicativos na internet que auxiliam a alfabetização, mas
a maioria não está focada nos déficits de seus filhos, ou seja, não está
voltada para pessoas com autismo. Ao se depararem com uma ferramenta que
utiliza os princípios básicos do Programa TEACCH, prezando por uma
adaptabilidade alfabetizadora, os pais se sentiram estimulados ao auxiliarem
seus filhos na utilização do aplicativo, inclusive fornecendo dicas de
atividades voltadas para a exploração de potencialidades de seus filhos. Para
os autistas o aplicativo representou um novo brinquedo, interativo, divertido,
onde poderão aprender prazerosamente com imagens e representações comuns ao seu
dia a dia.


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