terça-feira, 29 de agosto de 2017

RU 1360735 Josiane de Andrade Duarte RU: 1318153 Marielle Luiza Dalpizzol


Tecnologia a serviço da inclusão de alunos com deficiência visual

Por Josiane de Andrade Duarte RU 1360735
Por  Marielle Luiza Dalpizzol RU: 1318153
Polo – Curitiba                                                                           
Data 29/08/2017

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Fonte: http://www.faders.rs.gov.br/noticias/549
         As pessoas com necessidades especiais passam por inúmeros obstáculos em seus ambientes de estudo. Isto porque não conseguem se ajustar a muitas rotinas do cotidiano, que envolvem a participação dos sentidos, habilidades e recursos que uma pessoa portadora de alguma deficiência muitas vezes não consegue desenvolver.
“Em 1999, o Decreto Federal nº. 3298/99, que regulamentou a Lei nº. 7853 garantiram direitos legais a todos os cidadãos brasileiros portadores de deficiência em solo brasileiro referentes à educação, à saúde, ao lazer, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, aos transportes, às construções públicas, à habitação, à cultura e outros.
Este decreto classifica as deficiências amparadas no artigo 4º e especifica a cegueira no Parágrafo III:
Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Lei nº. 10.172 de nove de janeiro de 2001 institui o Dia Nacional da Educação que será comemorado em 12 de dezembro. Estabelece avaliações nacionais periódicas e aprova o Plano Nacional da Educação e os Planos Decenais a serem elaborados em todos os segmentos municipais, estaduais e federais.
A partir deste período houve respeito às deficiências. Todos passaram a frequentar escolas regulares e conviver em conjunto com pessoas sem deficiências. Este trabalho de cidadania permitiu entender que é normal ser diferente. Houve uma abertura em relação a esta situação com campanhas publicitárias e discussões sobre as deficiências em novelas como “Coração de estudante”, em 2002, “América”, em 2005, e “Páginas da Vida”, em 2006.
A Resolução CNE nº. 02, de 11 de setembro de 2001, abordam as Diretrizes para Educação Especial na Educação Básica, assegurando acessibilidade aos alunos em todos os níveis de escolaridade.
A resolução Garantiu acesso a escolas, aumentou autoestima dos deficientes e seus familiares, oportunizando a convivência entre todos. Esta resolução deu início a programas de reconhecimento a participação de todos no ambiente escolar. Foi importante, pois a presença de diversidades múltiplas nas escolas passou a ser considerada comum.
Em 2003, a Portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, traçou diretrizes de acessibilidade ao ensino superior para portadores de deficiências. “Esta portaria instituiu requisitos de acessibilidade como vagas em estacionamentos, rampas, adaptações em estabelecimentos, mudanças estruturais permitindo melhorias de acessos aos deficientes.”
A deficiência visual faz parte do nosso dia a dia, com o tempo aprimora se a forma de ensinar, com os recursos disponibilizados pela tecnologia fica mais acessível o aprendizado para as pessoas com deficiência visual. Esses recursos têm ocasionado direta e indiretamente as mudanças educacionais provocando buscas e reflexões no processo escolar. É um instrumento facilitador na aprendizagem permitindo que o aluno cego ou com visão reduzida constitua novos conhecimentos.
Alguns recursos da informática adaptada para o deficiente visual são os programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. Os leitores, como o próprio nome sugere, lêem tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais. Os ampliadores são bons para os chamados baixa visão. Como o programa amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os digitalizadores transformam textos em sons. “Todos são muito bons mas cada um atende a uma realidade específica. É comum utilizar mais de um programa.  De acordo com o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 45,6 milhões de brasileiros declaram ter algum tipo de deficiência, sendo que 2,5 milhões deles têm entre 4 e 17 anos, ou seja, estão em período escolar e encontram dificuldades para estudar. Para melhor acesso jovens desenvolveram ferramentas como o HandTalk e o Que Fala, aplicativos para celular que buscam contribuir para o acesso à escola dessas crianças e jovens. Liderado por Ed Summers (desenvolvedor de softwares e também deficiente visual)  , o SAS Institute é responsável pelas ferramentas usadas em 79% das principais companhias do mundo, listadas pela revista Forbes. Summers também é responsável por programas de capacitação de professores, em que os ensina a lidar com tablets na hora de ensinar alunos com deficiência visual. O Ministério da Educação desenvolve, em parceria com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Essas ações têm como objetivo a promoção da acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Dessa forma, o MEC disponibiliza materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos, mobiliários e laptops para comporem as Salas de Recursos Multifuncionais com o objetivo de apoiar a organização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar à escolarização nas escolas da rede pública e laptops aos alunos com cegueira matriculados no fim do ensino fundamental, no ensino médio, na EJA e na Educação Profissional, como recurso de acessibilidade ao livro e à leitura. Os laptops destinados aos alunos com cegueira são providenciados com o sistema DosVox e se destinam ao uso individual em sala de aula e demais atividades educacionais, podendo ser utilizados em domicílio, mediante assinatura de termo de responsabilidade, conforme critério estabelecido pela direção da escola. A ideia de usar a tecnologia é incentivar o aprendizado e incluir os deficientes no ambiente escolar. Por isso, é importante que as ferramentas escolhidas proporcionem a interação entre as crianças e de forma lúdica cooperando para o seu desenvolvimento. O uso da tecnologia para a educação pode facilitar o desenvolvimento motor, tanto para movimentos amplos, como para a motricidade fina.  De acordo com Silva (2006, p. 149):  “inclusão é uma tarefa complexa, que exige do educador múltiplos saberes da prática educativa, principalmente porque pressupõe o respeito   às diferenças existentes entre os educandos, independentemente de sua capacidade ou dificuldade [...]”.

Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata) e na educação. Novas gerações estão crescendo em uma sociedade da informação e sistemas, é preciso adaptar se a essa nova realidade. Os recursos das TICs devem ser aplicados a favor da educação, principalmente daqueles que apresentam peculiaridades que lhes impedem ou dificultam a aprendizagem por meios convencionais.  A função da tecnologia é facilitar os portadores de necessidades especiais, obtendo um melhor desenvolvimento na aprendizagem com os recursos de escrita, leitura e pesquisa de informação. Trabalhar com a educação inclusiva de alunos cegos é um grande estimulo para buscar novas tecnologias, novas estratégias de ensino, necessita de abertura, flexibilidade e investimentos.
Ao refletir sobre a informática e Educação inclusiva presume que é necessário conscientizar-se de que, hoje, é preciso entender o processo de ensino e de aprendizagem, situando o aluno portador de necessidades educacionais no cenário moderno, do qual faz parte uma chance de aprender a viver, criar e pensar. E, ao professor, cabe à habilidade de ensinar de outra maneira, valorizando as diferenças de cada um e propiciando o bem-estar social.
Ao que se vê pode relatar e tenta compreender que a sociedade mudou, integrou novos comandos derivados das descobertas e inovações tecnológicas, requisitando uma educação de valor e um professor preparado para enfrentar desafios e apresentar soluções.

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