quarta-feira, 6 de setembro de 2017

RU 993742 ÉRIKA S B C OLIVEIRA

FELICIDADE INFANTIL CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL LÊ PELA PRIMEIRA VEZ
Por Érika da Silva Barbosa Cruz Oliveira, RU 993742.
Polo – Sítio Cercado – Curitiba.

Data: 28/08/2017


 






Fonte: Uninter
Aparecido da Silva, estudante do interior do Pará teve acesso, depois de muita luta, pela primeira vez a um computador adaptado as suas necessidades e conseguiu mostrar seus conhecimentos de leitura pela primeira vez, pois o computador e um programa especialmente criado para crianças com paralisia cerebral, possibilitaram esse feito.
A inclusão de crianças com necessidades especiais nas escolas públicas e particulares é uma realidade crescente na educação brasileira e a garantia desse direito é garantido por leis como a Constituição Federal de 1988 e mais especificamente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional que data de 1996, além de outros documentos que tratam do tema.
Diante disso o desafio para os profissionais da educação é grande, já que a formação, muitas vezes não trata diretamente do tema, ou o faz de modo superficial e pouco dialógico e por isso, quando o professor se vê em sala de aula recebendo alunos com deficiências diversas tem dificuldade em acolher e promover a inclusão, seja por desconhecimento ou por preconceito, pois a história reservava aos diferentes um lugar de segregação e pouca convivência com dos ditos normais, era comum que pessoas que tinham síndromes ficassem presas em quartos e só saíssem em casos muito especiais, ficavam escondidos de outros membros da família e pouco conviviam com outros seres humanos.
Com o passar do tempo, os estudos e muita discussão, bem como o aumento do conhecimento acerca das síndromes e doenças que acometem os portadores de necessidades especiais  essa realidade está mudando e apesar dos pesares, na atualidade tem-se vários estudantes ditos diferentes inclusos em salas de aula no Brasil inteiro e uma constante busca por meios de incluir essas crianças no cotidiano escolar e possibilitar que elas aprendam.  
Em uma escola do interior do Pará a realidade não é diferente, o número de estudantes na escola é de 600 alunos e desses 12 são portadores de necessidades especiais, sejam elas físicas ou neurológicas. “O desafio de incluir esses estudantes é diário”, afirma a diretora da instituição, Senhora Maria Auxiliadora.
Ela e alguns professores relatam que o uso de ferramentas tecnológicas com alunos de inclusão é um grande ganho e depois que eles fizeram um curso e receberam computadores e softwares específicos, por doação, pois infelizmente o poder público não disponibiliza recursos suficientes para esse fim, tiveram ganhos impressionantes com os discentes.  
Um caso que emociona a todos é o do estudante Aparecido da Silva que tem paralisia cerebral e devido ao seu comprometimento motor não conseguia se comunicar, mas essa realidade está  mudando através do uso da tecnologia e ele já consegue ler com o auxílio de ferramentas. Imagine a minha felicidade quando percebi que o investimento pedagógico, que confesso achava ser em vão, tinha feito diferença e se transformado em aprendizado, quando o Aparecido leu pela primeira vez, relata Dona Margarida, a professora do estudante. Ele é uma criança esperta e temos aprendido muito com ele, pois ele está sempre alegre e curioso em relação aos outros e ao mundo.
A experiência desse discente demonstra  que a inclusão é um desafio dos nossos tempos, que é possível e saudável a todos os envolvidos no processo, exige formação, vontade política a fim de criar políticas públicas que garantam acesso as ferramentas tecnológicas a fim de facilitar e possibilitar aprendizagens.

Aparecido demonstrou satisfação ao ler e enquanto brincava com os colegas apontou para a sala onde fica a ferramenta que lhe possibilitou a leitura e esboçou um sorriso maroto que causou risos em todos. 

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