FELICIDADE
INFANTIL CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL LÊ PELA PRIMEIRA VEZ
Por Érika da Silva Barbosa Cruz Oliveira,
RU 993742.
Polo – Sítio Cercado – Curitiba.
Data: 28/08/2017
Fonte:
Uninter
Aparecido da Silva, estudante do interior do
Pará teve acesso, depois de muita luta, pela primeira vez a um computador
adaptado as suas necessidades e conseguiu mostrar seus conhecimentos de leitura
pela primeira vez, pois o computador e um programa especialmente criado para
crianças com paralisia cerebral, possibilitaram esse feito.
A inclusão de crianças com necessidades
especiais nas escolas públicas e particulares é uma realidade crescente na
educação brasileira e a garantia desse direito é garantido por leis como a
Constituição Federal de 1988 e mais especificamente a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação nacional que data de 1996, além de outros documentos que tratam do
tema.
Diante disso o desafio para os profissionais
da educação é grande, já que a formação, muitas vezes não trata diretamente do
tema, ou o faz de modo superficial e pouco dialógico e por isso, quando o
professor se vê em sala de aula recebendo alunos com deficiências diversas tem
dificuldade em acolher e promover a inclusão, seja por desconhecimento ou por
preconceito, pois a história reservava aos diferentes um lugar de segregação e
pouca convivência com dos ditos normais, era comum que pessoas que tinham
síndromes ficassem presas em quartos e só saíssem em casos muito especiais,
ficavam escondidos de outros membros da família e pouco conviviam com outros
seres humanos.
Com o passar do tempo, os estudos e muita
discussão, bem como o aumento do conhecimento acerca das síndromes e doenças
que acometem os portadores de necessidades especiais essa realidade está mudando e apesar dos pesares,
na atualidade tem-se vários estudantes ditos diferentes inclusos em salas de
aula no Brasil inteiro e uma constante busca por meios de incluir essas
crianças no cotidiano escolar e possibilitar que elas aprendam.
Em uma escola do interior do Pará a realidade
não é diferente, o número de estudantes na escola é de 600 alunos e desses 12
são portadores de necessidades especiais, sejam elas físicas ou neurológicas.
“O desafio de incluir esses estudantes é diário”, afirma a diretora da
instituição, Senhora Maria Auxiliadora.
Ela e alguns professores relatam que o uso de
ferramentas tecnológicas com alunos de inclusão é um grande ganho e depois que
eles fizeram um curso e receberam computadores e softwares específicos, por
doação, pois infelizmente o poder público não disponibiliza recursos
suficientes para esse fim, tiveram ganhos impressionantes com os discentes.
Um caso que emociona a todos é o do estudante
Aparecido da Silva que tem paralisia cerebral e devido ao seu comprometimento
motor não conseguia se comunicar, mas essa realidade está mudando através do uso da tecnologia e ele já
consegue ler com o auxílio de ferramentas. Imagine a minha felicidade quando
percebi que o investimento pedagógico, que confesso achava ser em vão, tinha
feito diferença e se transformado em aprendizado, quando o Aparecido leu pela
primeira vez, relata Dona Margarida, a professora do estudante. Ele é uma
criança esperta e temos aprendido muito com ele, pois ele está sempre alegre e
curioso em relação aos outros e ao mundo.
A experiência desse discente demonstra que a inclusão é um desafio dos nossos tempos,
que é possível e saudável a todos os envolvidos no processo, exige formação,
vontade política a fim de criar políticas públicas que garantam acesso as
ferramentas tecnológicas a fim de facilitar e possibilitar aprendizagens.
Aparecido demonstrou satisfação ao ler e
enquanto brincava com os colegas apontou para a sala onde fica a ferramenta que
lhe possibilitou a leitura e esboçou um sorriso maroto que causou risos em todos.


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