terça-feira, 12 de setembro de 2017

RU 144118 - LILIANE G MACIEL


PROFESSORA PLANEJA UMA MANEIRA MUITO DIVERTIDA E ATUALIZADA PARA DRIBLAR A ALIMENTAÇÃO SELETIVA DE SEU ALUNO AUTISTA
Por Liliane Gregorio Maciel, RU 144118
Pólo – Curitiba
Data 27/08/2017





Fonte: mec.gov.br
A (Escola JBM) Escola João Batista Maciel, fundada em 12 de janeiro de 2012, leva este nome em homenagem ao pai da diretora geral. Liliane Gregorio Maciel, diretora geral, atua a mais de 20 anos na educação. Já trabalhou com o Ensino Fundamental, Educação Infantil e hoje administra a Escola JBM no Paraná, cidade de Curitiba e bairro Sítio Cercado. Professora e mãe de um garoto de 5 anos percebeu em seu filho algumas características peculiares. Características que depois de orientação e acompanhamento do neurologista, diagnóstico de autismo moderado. Foi então que montou uma escola destinada a Educação Infantil. E procura manter o foco e a missão de sua escola em orientar e apoiar “famílias com diagnóstico de autismo, pois depois que a notícia do autismo aparece, toda a família é autista”, palavras de Liliane.
Um dos temas da programação da formação continuada dos professores da Escola JBM, é a inclusão. A escola procura orientação da SEED (Secretaria do Estado e Educação), pois dados atuais, segundo a ONU, cerca de 1% da população mundial – ou um em cada 68 crianças – apresenta algum transtorno do espectro do autismo, e a ocorrência da condição neurológica tem aumentado. A maioria dos afetados é de crianças, uma vez que, familiares demoram a procurar atendimento especializado que faz toda a diferença até os três primeiros anos de vida.
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento (TEA), caracterizado por uma série de sintomas, com alterações em três áreas específicas: a socialização, a linguagem/comunicação e o comportamento. Os componentes desse trio andam sempre juntos e estão intimamente interligados. É importante reforçar que os maiores prejuízos estão sempre ligados às habilidades sociais e, quando não tratados adequadamente, podem desencadear dificuldades por toda a vida.
E foi observando isso, que uma professora da EJBM, percebeu uma das dificuldades no cotidiano de um aluno específico, FBX, um dos alunos da turma Pré 1A, demonstrou uma característica em específico para a professora, certa seletividade para se alimentar. A professora C.L., regente da turma, elaborou uma aula direcionada a incluir este aluno com diagnóstico de autismo moderado. Sim, pois o espectro autismo possui níveis relacionados à forma e à intensidade de sintomas. Pessoas com autismo podem apresentar comprometimentos leves, moderados ou graves nas áreas de socialização, comunicação e comportamento, com interesses restritos. Para pessoas com comprometimento moderado, a EJBM procura investir em planejamentos para atividades práticas. Esses alunos poderão ter grande sucesso em tarefas repetitivas e, muitas vezes, com riqueza de detalhes, por exemplo, como escolher e montar um sanduíche saudável e delicioso.
A professora, primeiro apanhou os tablets da escola para baixar um aplicativo chamado “Alimentos para criança – quebra-cabeça”, disponível na internet e gratuito. Escolheu este aplicativo, pois se trata de uma variedade com 140 possibilidades de alimentos para a criança brincar montando quebra-cabeças. Depois da montagem do alimento, este aplicativo possui a pronuncia de cada alimento. E pode se escolhido o idioma da pronuncia do nome do alimento. Depois com auxílio da comunicação com a família via agenda, pediu para os familiares enviar à escola alguns alimentos para que os alunos montem o sanduíche natural. Aula muito prática, divertida e muito saudável. O aluno com diagnóstico de autismo participou de todas as etapas da aprendizagem, gostou e entendeu que é possível comer bem com seus colegas de turma. A professora transformou sua aula e está transformando o processo de avaliação de seus alunos. Na última aula do planejamento, fizeram uma roda de conversa e decidiram montar um lindo cartaz com fotos e desenhos para demonstrar e expor a atividade saudável que havia acontecido.

Professores sensíveis á inclusão usam de recursos tecnológicos para elaborar aulas. Uma vez que são recursos apropriados e que permitem a criança com autismo mais tempo para processar informações. Recursos que sejam linguisticamente consistentes, e que realmente estimulem através de imagens e sons. Parabéns professora C.L.

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