PROFESSORA PLANEJA UMA
MANEIRA MUITO DIVERTIDA E ATUALIZADA PARA DRIBLAR A ALIMENTAÇÃO SELETIVA DE SEU
ALUNO AUTISTA
Por Liliane Gregorio Maciel, RU 144118
Pólo – Curitiba
Data 27/08/2017
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Fonte: mec.gov.br
A (Escola JBM) Escola João
Batista Maciel, fundada em 12 de janeiro de 2012, leva este nome em homenagem ao
pai da diretora geral. Liliane Gregorio Maciel, diretora geral, atua a mais de
20 anos na educação. Já trabalhou com o Ensino Fundamental, Educação Infantil e
hoje administra a Escola JBM no Paraná, cidade de Curitiba e bairro Sítio
Cercado. Professora e mãe de um garoto de 5 anos percebeu em seu filho algumas
características peculiares. Características que depois de orientação e
acompanhamento do neurologista, diagnóstico de autismo moderado. Foi então que montou
uma escola destinada a Educação Infantil. E procura manter o foco e a missão de
sua escola em orientar e apoiar “famílias com diagnóstico de autismo, pois
depois que a notícia do autismo aparece, toda a família é autista”, palavras de
Liliane.
Um dos
temas da programação da formação continuada dos professores da Escola JBM, é a
inclusão. A escola procura orientação da SEED (Secretaria do Estado e
Educação), pois dados atuais, segundo a ONU, cerca de 1% da população mundial –
ou um em cada 68 crianças – apresenta algum transtorno do espectro do
autismo, e a ocorrência da condição neurológica tem aumentado. A maioria dos
afetados é de crianças, uma vez que, familiares demoram a procurar atendimento
especializado que faz toda a diferença até os três primeiros anos de vida.
O
autismo é um transtorno global do desenvolvimento (TEA), caracterizado por uma série de
sintomas, com alterações em três áreas específicas: a socialização, a
linguagem/comunicação e o comportamento. Os componentes desse trio andam sempre
juntos e estão intimamente interligados. É importante reforçar que os maiores
prejuízos estão sempre ligados às habilidades sociais e, quando não tratados
adequadamente, podem desencadear dificuldades por toda a vida.
E foi observando isso, que uma professora da EJBM,
percebeu uma das dificuldades no cotidiano de um aluno específico, FBX, um dos
alunos da turma Pré 1A, demonstrou uma característica em específico para a
professora, certa seletividade para se alimentar. A professora C.L., regente da
turma, elaborou uma aula direcionada a incluir este aluno com diagnóstico de
autismo moderado. Sim, pois o espectro autismo possui níveis relacionados à
forma e à intensidade de sintomas. Pessoas com autismo podem apresentar
comprometimentos leves, moderados ou graves nas áreas de socialização,
comunicação e comportamento, com interesses restritos. Para pessoas com
comprometimento moderado, a EJBM procura investir em planejamentos para
atividades práticas. Esses alunos poderão ter grande sucesso em tarefas
repetitivas e, muitas vezes, com riqueza de detalhes, por exemplo, como
escolher e montar um sanduíche saudável e delicioso.
A professora, primeiro apanhou os tablets da escola para
baixar um aplicativo chamado “Alimentos para criança – quebra-cabeça”,
disponível na internet e gratuito. Escolheu este aplicativo, pois se trata de
uma variedade com 140 possibilidades de alimentos para a criança brincar
montando quebra-cabeças. Depois da montagem do alimento, este aplicativo possui
a pronuncia de cada alimento. E pode se escolhido o idioma da pronuncia do nome
do alimento. Depois com auxílio da comunicação com a família via agenda, pediu
para os familiares enviar à escola alguns alimentos para que os alunos montem o
sanduíche natural. Aula muito prática, divertida e muito saudável. O aluno com
diagnóstico de autismo participou de todas as etapas da aprendizagem, gostou e entendeu
que é possível comer bem com seus colegas de turma. A professora transformou
sua aula e está transformando o processo de avaliação de seus alunos. Na última
aula do planejamento, fizeram uma roda de conversa e decidiram montar um lindo
cartaz com fotos e desenhos para demonstrar e expor a atividade saudável que
havia acontecido.
Professores sensíveis á inclusão usam de recursos
tecnológicos para elaborar aulas. Uma vez que são recursos apropriados e que
permitem a criança com autismo mais tempo para processar informações. Recursos
que sejam linguisticamente consistentes, e que realmente estimulem através de
imagens e sons. Parabéns professora C.L.

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