LUPA AMIGA A FAVOR DA
INCLUSÃO
Por Aline de Souza Santos Floriano, RU 1902806
Polo – Curitiba
Data 12/09/2017
Atualmente o uso das
tecnologias vem crescendo e tomando conta das nossas vidas, e com isso se
tornou necessária a aplicação delas no âmbito escolar, haja vista que cada vez
mais os alunos estão expostos no seu dia a dia as novas ferramentas
tecnológicas, como aplicativos, rede sociais, games e etc. O uso dessas
ferramentas passou a ser nos dias de hoje, instrumento de vital importância
para uma melhor aprendizagem dos alunos, pois as mesmas proporcionam uma aula
mais atrativa e interessante aos educandos, colocando-os mais perto da
realidade vivida por boa parte da população mundial. Nessa realidade digital,
os alunos com necessidades especiais, são um grupo onde a tecnologia torna-se
fundamental para um melhor desenvolvimento intelectual e social dos mesmos.
Porém, isso requer principalmente, a capacitação dos docentes que trabalham com
esses alunos, pois muitas vezes os educandos sabem lidar com mais eficiência e
rapidez nas plataformas tecnológicas existentes no mercado. É um trabalho que
depende do incentivo e infraestrutura da escola e da vontade de aprender dos
docentes, principalmente daqueles que possuem dificuldades em se adaptar ao
mundo digital. Um exemplo dessa parceria que vem dando certo, ocorre em uma
escola pública do município de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, onde
um projeto piloto vem sendo aplicado com alunos com deficiência visual parcial
que fazem uso de um programa desenvolvido para computadores que auxiliam na
visualização, compreensão e interpretação dos conteúdos propostos pelos
professores.
O programa, batizado de LUPA
AMIGA reproduz automaticamente no computador do aluno, em uma proporção
aumentada o conteúdo a ser desenvolvido pelo professor. Para isso, é necessário
que o docente prepare antecipadamente a aula e disponibilize a mesma na
plataforma do LUPA AMIGA. Existe ainda a opção de o aluno utilizar o modo áudio
amigo, que faz a narração do conteúdo existente na plataforma.
A escola vem testando a
plataforma a três meses nas turmas de 5º e 6º anos, e é visível os resultados
positivos com os alunos, como por exemplo no 5º ano da professora Janete, que
possui dois alunos com visão parcial, no qual ela pôde perceber que antes da
plataforma esses alunos eram totalmente dependentes e demonstravam dificuldade
de assimilar os conteúdos, depois da plataforma, ela notou que eles criaram
autonomia e independência, podendo sozinhos rever o que tinham mais dificuldade
e assim melhorando seu desempenho. A professora relata que a plataforma foi de
grande valia para sua prática, pois como eles dependiam muito dela, ficava
difícil atendê-los com eficácia e ainda auxiliar os demais alunos que não são
poucos.
Já na turma do 6º ano da
professora Eliane, além das observações parecidas com a da turma da professora
Janete, ela também notou que depois da utilização da plataforma seus alunos com
deficiência visual parcial passaram a ser mais participativos nas aulas, e
houve mais interação com os colegas sobre os conteúdos,
A plataforma está sendo
tão útil e obtendo tantos resultados que a escola recebeu até um respaldo das
famílias das crianças que participam do projeto, relatando que as crianças
estão muito entusiasmadas em ir para a escola e aprender, e também perceberam
que as crianças estão compreendendo melhor os conteúdos, pois em vários
momentos os pais notam as crianças conversando sobre os conteúdos demonstrando
haver entendimento.
A LUPA AMIGA foi criada pelo diretor da Escola, Marcos
Paulo, que tem uma filha com deficiência visual parcial, e criou para
auxiliá-la e também outras crianças que tivessem dificuldade. Portanto, depois
desse período de testes que irá durar de seis meses à um ano, a plataforma será
oficialmente lançada no mercado, podendo assim ajudar muitas crianças no
processo de aprendizagem, e assim mostrando o quanto é possível incluir a
tecnologia na escola e com alunos de inclusão.

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