ARAMUMO,
UMA FERRAMENTA PODEROSA EM SALA DE AULA.
Curitiba
24/08/2017)
Um grupo
de estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) participou de um desafio
para criar os primeiros aplicativos em língua portuguesa para crianças e jovens
com dislexia. Entre abril e setembro deste ano, eles desenvolveram três jogos
educativos para smartphones e tablets destinados a ajudar quem tem dificuldade
de relacionar o reconhecimento e interpretação dos sons às palavras e sílabas,
ordenar e escrever corretamente as letras, além de memorizar sons e sílabas e
estimular a coordenação motora. Os jogos são gratuitos e funcionam em aparelhos
com sistema operacional Android.
O desafio
foi idealizado pelo Instituto ABCD, organização não-governamental que mantém
programas para pessoas com dislexia e outros transtornos de aprendizagem, como
a discalculia (dificuldade em reconhecer e lidar com as diferentes formas de
representação numérica). A premiação dos grupos participantes foi feita na
quarta-feira (10), em São Paulo, como parte das atividades da Semana de
Dislexia, realizada entre os dias 8 e 14 de outubro de 2012.
De acordo
com a diretora-presidente do instituto, Mônica Cristina Andrade Weinstein, o
desafio "surgiu da constatação de que existem pouquíssimos recursos de
tecnologia em língua portuguesa para quem tem dislexia".
Ela
afirmou que, em vez de contratar uma empresa para desenvolver aplicativos, o
instituto preferiu envolver estudantes para "levar a questão da dislexia
para outras áreas", e também porque são os alunos de computação de hoje
que poderão desenvolver novas tecnologias para uso social no futuro.
Na
primeira edição do desafio, a única instituição participante foi o ITA, por
meio do ITAbits, grupo criado para incentivar a participação dos alunos em
competições desse tipo. O sucesso da iniciativa fez com que o Instituto ABCD já
começasse a planejar uma segunda edição, aberta a outras instituições.
"Os
alunos são super jovens e brilhantes, são alunos com muita facilidade na
aprendizagem que aceitaram ajudar alunos com dificuldade de aprendizagem",
afirmou Mônica. Todos os nove estudantes que apresentaram aplicativos
atualmente cursam o segundo ano de engenharia da computação no ITA.
Eric Gomes
Muxagata Conrado, de 19 anos, faz parte do trio que venceu o desafio, junto com
os colegas Marcio Araujo de Paiva Filho e Victor Gonçalves Elias. Como prêmio,
os três ganharam uma viagem aos Estados Unidos para conhecer o Massachussetts
Institute of Techonology (MIT) e iniciativas que estimulam a criação de
programas de computador com alguma ênfase social.
Ele
afirmou que esse é o seu primeiro grande desafio e que a ideia de elaborar um
projeto destinado a pessoas com dificuldade de aprendizagem mudou sua visão
sobre a carreira que escolheu. "Não tinha muito interesse nisso antes de
estudar e ver o quanto é fácil usar os conhecimentos que a gente adquire na
faculdade para ajudar as pessoas", explicou. (Fonte: g1.globo.com/educacao).
O jogo
aramumo funciona da seguinte forma:
| Neste aplicativo para celulares Android, o jogador primeiramente ouve um conjunto de palavras e depois deve arrastar as sílabas que se encontram em bolhas flutuantes para a sua correta posição na palavra-cruzada. O legal do jogo é que ele trabalha a escrita ao mesmo tempo em que a pronúncia, estimulando a criança a associar os sons às palavras. |
Neste ano no município de Xanxerê na Escola
Municipal João Cruz e Souza, a professora de ensino fundamental Ana Julia se
deparou com o aluno João de seis anos de idade, que possui Dislexia, e sentindo
as suas dificuldades na escola, buscou fazer algo para ajudá-lo.
A Dislexia é uma deficiência diagnosticada em
criança ou mesmo em adulto, que apresente dificuldades no aprendizado, sendo
este um problema de origem neurobiológica, resultando em déficit em relação à
capacidade de aprender e desenvolver-se normalmente. A pessoa com Dislexia
sofre com dificuldades de ordem cognitiva, que acabam por restringir sua
evolução para realizar tarefas escolares, por exemplo, e outras comuns em seu
cotidiano. Dessa forma, para ajudar um aluno com Dislexia, necessita-se de
esforço de quem convive com ele, e também contar com ajuda da tecnologia.
A professora Ana Julia buscando uma maneira de
ajudar João, pesquisou para encontrar uma ferramenta para auxiliar o aluno em
seu aprendizado. Após fazer uma pesquisa, a professora encontrou o
aplicativo Aramumo,
Desse modo a escola, para atender e tentar suprir a necessidade de João fez pedido a lojas da cidade para conseguir uma doação, e uma delas atendeu ao pedido e doou um tablet para o aluno. Quando João recebeu o tablet, bastou instalar o aplicativo Aramumo que é grátis. Após começar a usar o aplicativo para aulas de língua portuguesa, João que esta em processo de alfabetização, apresentou melhora no seu aprendizado. Segundo a professora, o aluno usando o tablet, mesmo com sua dificuldade, consegue demonstrar evolução e superar etapas de aprendizado, por que ele consegue entender como as sílabas formam as palavras. Os pais do aluno ficaram satisfeitos, porém advertem que ele não deve ficar restrito a usar o tablet. A professora e os pais de João esperam que ele continue aprendendo, e tome gosto pela leitura em um futuro próximo.
O aplicativo pode ser usado
por qualquer pessoa que tenha dificuldades no aprendizado, não somente para
quem possui Dislexia. Para crianças em idade escolar, principalmente das séries
iniciais, quando se aprende a ler e escrever, desenvolvendo cognitivamente todo
aprendizado básico em língua portuguesa, o Aramumo é ideal para ser utilizado
como auxiliar no ensino. As vantagens desse aplicativo para uso
pedagógico existem por que se permite que a criança brinque enquanto esta
aprendendo, por que é como um jogo em que se pode passar de fase. O aplicativo
possui interface simples e atraente, e o aluno recebe estímulos para aprender
por que quer acertar as palavras, e assim também pode ampliar seu vocabulário.
No entanto, para fins pedagógicos e didáticos, as desvantagens compreendem em
convencer o aluno do uso restrito do aplicativo, para que isso não limite o
aluno a usar somente o tablet, e ele não deixe de usar lápis, caderno e livros.
O uso de um tablet para uma criança é muito atraente, e deve-se combinar para
seu bem, que como aluno deve usá-lo de forma que não atrapalhe seus estudos de
forma geral e seu desenvolvimento. Para uma criança com Dislexia em idade
escolar, o uso da tecnologia é interessante, porém não se deve perder de vista
o lado mais humano do ensino. (fonte:
http://valdecirzjr.blogspot.com.br/2017/?m=1).
(Fonte: Google)
Aplicativos também têm
se mostrado cada vez mais comuns na prática clínica de profissionais de Reabilitação.
Testado por crianças que passam por tratamento de transtorno de aprendizagem no
CTNEN (Centro de Triagem Neonatal e Estimulação Neurossensorial Dr. Tatuya Kawasaki),
em São Caetano do Sul, São Paulo. E assim a tecnologia vai aprimorando seu desenvolvimento a cada dia que passa.



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