USO DE APLICATIVOS EM SALA
DE AULA AJUDA NA INCLUSÃO DE ALUNOS
Janete Roik RU 524445
Polo – Sítio Cercado Curitiba PR
Data 01/09/2017
Aplicativo Hand Talk
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IBGE alerta o número de
deficientes auditivos poderá aumentar até 2050. Entra em vigor Lei Brasileira
de Inclusão para ajudar portadores de necessidades especiais a integrar na
sociedade. Professores e funcionários de
uma escola estadual no Paraná adotaram novo projeto de estudos o uso de
aplicativos para deficientes auditivos.
Segundo o censo realizado
em 2010 pelo Instituto brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) cerca de
9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva. O que representa 5,1%
da população brasileira, deste total dois milhões possui deficiência auditiva
severa, 1,7 milhões tem grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos,
no que se refere à idade cerca de um milhão de deficientes auditivos, são
crianças e jovens até 19 anos.
Fatores genéticos e doenças
como: meningite bacteriana ou virótica, infecções no ouvido entre outras podem
causar percas auditivas, um fator que deve ser considerado entre jovens e
adultos e o uso de aparelhos de som com fones de ouvido e trabalho em ambiente
com alto nível de poluição sonora. Conforme
a Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de idosos quase triplicara no
Brasil até 2050, esse fato aumentará ainda mais o número de pessoas com algum
tipo de problema auditivo.
Entrou em vigor no dia 2
de janeiro de 2016 a Lei Brasileira de Inclusão, também chamada de Estatuto de
pessoas com deficiência (Lei 13.146/2015) essa lei fixa punições para atitudes
discriminatórias e prevê mudanças em diversas áreas, com destaque para a
educação. A escola deverá estar
preparada com estruturas e profissionais qualificados para que não haja
constrangimento ao receber portadores de qualquer tipo de deficiência.
Como exemplo de uma boa
inclusão temos na cidade de Aracutiba no estado do Paraná a escola estadual
Professora Maria dos Saberes que se adaptou a essas mudanças e hoje conta com
800 alunos matriculados entre manhã e tarde no ensino fundamental, sendo que 40
alunos matriculados tem algum tipo de deficiência totalizando 5% dos alunos, e
desses, 15 alunos são deficientes auditivos a escola desempenhou um trabalho
para que esses alunos tivessem o mesmo desempenho que estudantes ouvintes,
desenvolveu trabalhos em equipes treinando professores e funcionários a
utilizar a língua Brasileira de sinais (LIBRAS) e o uso de aplicativos que transformam
a língua brasileira para a língua dos
sinais pelo interprete virtual Hugo. Romeu é professor de matemática, percebe
as necessidades educacionais de cada aluno, valoriza a educação inclusiva,
ajuda nas ações pedagógicas e atua em equipe com professores especializados em
educação especial passou a pesquisar os aplicativos tradutores de português
para LIBRAS que encontrou disponíveis na internet: ProDeaf, VLibras, Unilibras
e outros, entre eles estava o Hand Talk escolhido por Romeu a fazer parte de suas
aulas por ser um app de fácil acesso gratuito, escolhido pela Organização das Nações Unidas(ONU) como o melhor
aplicativo social do mundo em 2013. O
app permite o uso de gravador de voz, digitação, recortes e colagens de textos
e gravuras, com o uso dessas técnicas os alunos passaram a compreender melhor,
a relação da matemática com o cotidiano. Através de gravuras, colagens de gráficos
o professor gravava em áudio sua explicação e o interprete virtual Hugo em
seguida realiza a tradução para LIBRAS. Com o desempenho do trabalho realizado
pelo professor de matemática, houve uma grande motivação entre discentes e
docentes daquela escola os alunos ouvintes do professor Romeu que possuíam
smartphone ou tablete abaixaram o app e com ele comunicavam-se com os colegas,
em pouco tempo eles tinham aprendido uma segunda língua ensinada pelo
interprete virtual. Professores de outras matérias adotaram essa ideia e foram
além para ajudar outros 25 alunos ali matriculados portadores de algum tipo de deficiência,
projetos foram desenvolvidos por equipe
de funcionários, professores, pedagogos pais e profissionais de saúde.
A escola foi escolhida a melhor do estado pela secretaria de
educação do estado do Paraná, onde a
inclusão realmente acontece. Como professor, Romeu sentiu seu dever cumprido
por ter ajudado alunos e professores daquela escola a entender que não existe
diferenças, todos somos iguais, porque todos nós somos diferentes, cada um com
suas peculiaridades, podemos viver em sociedade sem restrições respeitando as
diferenças. Cabe a Você professor se beneficiar da tecnologia de informação
(TI) e usar as ferramentas tecnológicas a favor da inclusão.

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