quarta-feira, 13 de setembro de 2017

RU 1340295 JULIANA

ESCOLA USA TÁBLETS PARA AJUDAR ALUNOS COM DIFICULDADE PARA REGISTRAR A TAREFA
Por Juliana Benetti Naressi Da Silva RU: 1340295
Polo – Curitiba/ Sitio Cercado

Data 13/09/2017

A escola São José, no bairro Sítio Cercado, Curitiba está usando táblets para ajudar alunos de inclusão, como os que apresentam TDAH, dislexia, discalculia, dislalia, disortografia, transtornos do espectro autista em graus leves, que normalmente apresentam dificuldade no registro da matéria e das atividades propostas em sala de aula. Causando assim um atraso no aprendizado, mesmo que esses alunos apresentem a inteligência na média ou acima dela.

Por anos a escola São José teve dificuldade em ajudar seus alunos com TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), Dislexia (dificuldade com a leitura e escrita), Discalculia ( dificuldade com operações matemáticas, Dislalia (dificuldade na pronuncia dos sons, que causam dificuldade de leitura e escrita), Disortografia (dificuldade com a escrita, letras ilegíveis), que são transtornos comum nas escolas brasileiras. Agora estão recebendo alunos de inclusão com transtornos do espectro autista em grau leve (TEA), que como os transtornos citados anteriormente, apresentam dificuldades em vários pontos, mas que tem em comum essa dificuldade em registrar a matéria, o que faz com que a criança não consiga acompanhar sua turma, e muitas vezes acabam repetindo de ano por conta dessa dificuldade, além de ter inúmeras dificuldades emocionais. Essas crianças apresentam uma capacidade cognitiva dentro da média, e muitas vezes até apresentam um QI superior, mas como não conseguem registrar o conteúdo ou executar a atividade escrita, de leitura, ou até mesmo de cálculos nos casos de discalculia, acabam não efetuando o aprendizado.
Em uma reunião entre o corpo docente e os pais desses alunos, surgiu a idéia de se fazer uso de ferramentas digitais para auxiliar esses alunos de forma que acompanhassem a turma na aquisição do conhecimento, enquanto estes fariam seus acompanhamentos psicopedagógicos e terapêuticos para desenvolver a habilidade necessária. Optaram então pelo uso do táblet, por ser de fácil manuseio e transporte.
Os alunos com dislexia ou autismo que ainda não estão alfabetizados, recebem em seu táblet o conteúdo das matérias escrita e em forma de áudio, para que possam ter a mesma chance de aprendizado que seus colegas, e também tem as atividades adaptadas as suas necessidades, como questões objetivas para marcar x, com desenhos e audio. Os alunos que apresentam apenas dificuldade em escrever, seja por questão motora ou hiperatividade e déficit de atenção, recebem os textos escritos e podem fazer uso da escrita digital para a realização das atividades. O uso do táblet com material adaptado aumentou em muito o interesse dos alunos em aprender e participar das aulas.
 “Eu consigo tirar boas notas em ciências, geografia, história, o que não era possível antes de eu poder usar o táblet com o conteúdo em áudio pra eu poder estudar, eu não tenho dificuldade pra memorizar e aprender, apenas em ler”, diz Emily, aluna do 5º ano do ensino fundamental que tem dislexia, e só agora está conseguindo ler e escrever  algumas coisas.
“Eu só tiro nota dez agora, em quase todas as matérias,  minha mão não dói tanto usando táblet pra escrever, e assim consigo fazer bem mais rápido a lição”, diz aluna do 3º ano fundamental, com síndrome de asperger (TEA) e superdotação, que antes não conseguia completar as lições por dificuldades motoras e hiperatividade.
A escola São José e as famílias estão muito satisfeitas com os resultados no aprendizado das crianças. O índice de reprovação diminuiu drasticamente, e os alunos que fazem uso das adaptações estão se desenvolvendo muito bem. “Os alunos estão se desenvolvendo em suas dificuldades, melhorando a cada dia com suas terapias, como é comum. Só que agora estão felizes e acompanhando  a sua turma, com seus amigos. Os alunos se tornaram mais confiantes e mais colaborativos, se sentem parte da turma, importantes e inteligentes”, diz diretora da escola São José.

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