IMPLANTAÇÃO
DE SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS FAZ COM QUE DIRETORES DE ESCOLAS,
COORDENADORES PEDAGÓGICOS E PROFESSORES REVEJAM SEU PAPEL NA GESTÃO ESCOLAR
Por Denize Graziele de Lima, 1775871
Polo – Sítio Cercado
Fonte:
Folha São Carlos e
Região
Crianças
com deficiência visual matriculadas no ensino regular em uma escola municipal
de Respeitópolis participam de atividades favoráveis ao seu desenvolvimento e
que auxiliam sua interação com professores e colegas. Durante o contraturno das
aulas esses estudantes recebem Atendimento Educacional Especializado – AEE, em
sala organizada com equipamentos de informática, materiais pedagógicos e
mobiliários adaptados para dar suporte às suas necessidades educacionais
específicas. Com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do processo de
inclusão nas classes comuns de ensino, no ano de 2007 o Ministério da Educação
criou o “Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais”, o qual
requer das escolas a disponibilização de espaço físico para inserção dos
equipamentos de acessibilidade e professor para atuar no AEE.
Ações
inclusivas são fundamentais para que crianças com necessidades especiais de
aprendizagem consigam romper barreiras e se desenvolver de maneira plena e
feliz. A garantia de condições propícias à sua formação contribui para a
permanência e o melhor desempenho do aluno na escola. Uma das alternativas que tem
surgido quando se pensa em inclusão de pessoas com necessidades educativas
especiais é o uso da tecnologia. A utilização desta proposta no ambiente
escolar busca estimular o aprendizado e oferecer
oportunidades para o progresso de todos a partir das carências específicas de
cada um.
A
implementação das Salas de Recursos Multifuncionais nos sistemas públicos de
ensino tem garantido acesso, participação e qualidade ao processo de
aprendizagem de estudantes com deficiência, altas habilidades e transtornos
globais do desenvolvimento. Com o atendimento prestado no contraturno escolar é
possível reforçar o aprendizado obtido
na classe regular, considerando as especificidades de cada estudante.
Uma das ferramentas educacionais que
se destacam no ambiente de atendimento especializado da Escola Municipal
Solidariedade, em Respeitópolis, é o Audiolivro: Livros gravados que possibilitam
às pessoas deficientes visuais ou com dificuldades de atenção escutar textos em
reprodutores de MP3, CDs ou qualquer outra plataforma de som. Nas práticas
inclusivas da escola Solidariedade, livros e publicações em áudio são
empregados com a intenção de estimular o interesse dos alunos pela leitura e
aprimorar sua concentração nas aulas de literatura.
Além de promover o envolvimento de
toda a turma em uma nova circunstância de leitura, o uso de audiolivros auxilia
especialmente o deficiente visual no estudo da literatura, no sentido de
propiciar o contato direto com obras literárias e diferentes gêneros textuais. Durante
o encaminhamento das aulas de leitura e literatura, o professor apresenta
trechos de audiolivros para toda a sala escutar junto e debater. Esse novo
suporte tanto contribui para a participação do deficiente visual nas discussões
em sala quanto para sua formação crítica e pessoal a partir de tal interação.
Graças
à evolução tecnológica, a produção e circulação de livros gravados tem aumentado,
incluindo serviços sob assinatura que oferecem inúmeras bibliotecas em áudio.
Ademais, instituições especializadas no atendimento a pessoas com deficiência
visual, como a “Fundação Dorina Nowil para cegos” e o “Instituto Benjamin
Constant”, legitimam a inclusão oferecendo diversas assistências, entre elas a
distribuição de audiolivros, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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