sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA PARA A INCLUSÃO DE AUTISTAS

Por Luana Maiara Gonçalves, 1732395
Polo Sitio Cercado - Curitiba
Data 01/09/2017


Fonte: ABC Autismo

O Autismo é um distúrbio neurológico que atinge 1% da população
mundial que engloba dificuldades qualitativas na interação social e na comunicação verbal e não-verbal, além de provocar comportamento restritivo e repetitivo.
A tecnologia tem se mostrado muito benéfica em muitos setores, inclusive na saúde e educação, acredita-se que a utilização de recursos tecnológicos venha a gerar impactos positivos no tratamento das pessoas com autismo. Nessa vertente surgiu o aplicativo móvel ABC Autismo, com quase 40 mil downloads.

O aplicativo auxilia muitas crianças e adolescentes autistas no processo de aprendizagem. Possui a elaboração de atividades educacionais, utilizando as premissas do Programa TEACCH, criado em 1964, por ele ser um programa mundialmente utilizado para auxiliar no processo de alfabetização e crianças com o transtorno de desenvolvimento, com atividades amigáveis e auto-explicativas.

Mônica Ximenes, coordenadora do projeto explicou que a estrutura do aplicativo é feita em quatro níveis de dificuldade, assim como o programa TEACCH. Nos dois primeiros níveis a criança aprende habilidades como transposição e discriminação. As atividades ficam mais complexas a partir do nível 3, exigindo um maior raciocínio. No quarto nível é ensinada a separação de sílabas e formação de palavras.

Segundo Mônica, o aplicativo é estruturado com aprendizagem mediante sinalização visual. A criança olha para a tarefa e sabe exatamente como resolve - lá, isso trás uma autonomia e independência para a criança.

A Associação de Amigos Autistas de Alagoas aderiu o uso o aplicativo e muitos jovens aceitaram, obtendo um ótimo resultado. A ideia do projeto é proporcionar uma aceleração do aprendizado de algumas habilidades.

A neuropediatra Carla Gikovate, diz que o aprendizado de português de crianças autistas é bem diferenciado, pois têm crianças que não prestam atenção nas letras, outras não memorizam o que aprenderam, outras não conseguem fazer a forma das letras. Cada tipo de dificuldade exige um cuidado diferenciado.  

Heitor, de 3 anos, é um usuário ativo do jogo, sua mãe diz que o aplicativo ajudou muito o filho a ter coordenação para encaixar objetos, desestressar e prender a atenção dele, mantendo-o concentrado por um certo tempo.

Os gêmeos Gustavo e Cristiano, de 20 anos, que não foram alfabetizados, dominam as fases apresentadas no jogo, segundo a mãe, Maria Helena de Azeredo Roscoe, os dois abrem o game com facilidade e jogam com autonomia e independência.
Para Maria Helena, que também é diretora- técnica da Associação Brasileira de Autismo, disse que o aplicativo precisa ter outros níveis de dificuldade, pois ela acredita que assim há chances de melhorar a aprendizagem de português se forem introduzidos mais módulos no jogo, com graus de dificuldades maiores.








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