quarta-feira, 6 de setembro de 2017

RU 1291153 WINICIUS

A Tecnologia em prol de pessoas com necessidades especiais.
Por Winicius Phernandes Portela, 1291153.
Polo – Sitio Cercado – Curitiba.

Data 21/08/2017.



Fonte: http://intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy/

De acordo com informações do Ministério da Saúde, cerca de 25 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência seja ela motora, auditiva, visual e mental ou intelectual, o numero corresponde a 14% do total populacional do país – sendo 40% com deficiência visual (total ou parcial).
Esses fatos levaram o governo federal a tomar algumas ações e implantar melhorias nas cidades procurando aumentar a segurança e facilitar o dia a dia desta parcela da população. Alguns municípios possuem ônibus especiais com bancos preferenciais, letreiros luminosos e gravações informando a próxima parada, e plataformas para acesso de cadeirantes. Outro dispositivo interessante são os semáforos sonoros que avisam quando muda o sinal de vermelho para verde e vice e versa.
Uma maneira encontrada para prestar assistência aos deficientes foi a de garantir maior chance na disputa por um emprego ou por uma vaga nas universidades. O artigo 93 da legislação de 1991 assegura que as empresas que tenham acima de 100 funcionários devem “disponibilizar de 2 a 5 por cento de seus cargos para beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência”. Já as instituições organizadoras de concursos públicos devem destinar 5% das vagas ao grupo.
Além de facilitar a integração dos deficientes através da implementação das politicas afirmativas, o Brasil como forma de incentivo, busca oferecer subsídios e isenção de alguns impostos às empresas de tecnologias que se comprometam a desenvolver produtos adaptados as necessidades daquelas pessoas. O governo Federal faz isto também com intuito de reduzir os custos de produção, para que, consequentemente o produto chegue mais barato aos consumidores.
As universidades brasileiras também assumem a responsabilidade de desenvolver projetos, visando o bem-estar dos portadores de necessidades especiais.
A universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trabalhou junto com o Ministério da Educação para desenvolver o software MecDaisy, nomeado assim por ser baseado no padrão internacional Daisy. O software permite a leitura / audição de livros no formato Daisy – (sigla em inglês para Sistema de Informação de Acesso Digital), que é um padrão e digitalização de documentos utilizado para a produção de livros acessíveis.
Ao contrario dos áudio-books, o MecDaisy permite a navegação facilitada pelos livros e maior interação no momento da leitura, possibilitando a localização de termos e palavras, navegação ágil pelo índice do livro, inclusão de notas, tudo isso através de orientações verbalizadas pelo próprio sistema.
O formato Daisy é um formato livre, ou seja, qualquer pessoa pode utilizá-lo sem necessidade de pagamento de licença. O MecDaisy faz a leitura dos livros através de uma voz sintética (digital), desta forma não há necessidade de gravação de frases em estúdio e pagamento de direitos de voz.
Os livros didáticos também podem ser convertidos para o formato Daisy, porém, como em qualquer livro acessível, devem ser incluídos legendas e descritivos nos materiais gráficos (tabelas, fotografias, mapas, gráficos) para possibilitar a compreensão do ouvinte. Da mesma forma, os livros ilustrados devem ter suas ilustrações descritas de forme detalhada para permitir ao leitor “enxerga-las” através das palavras.
A AS Comunicação Digital realiza todo o trabalho de conversão de livros em formato Daisy, cumprindo todas as exigências do FNDE, para que sua editora se preocupe apenas na editoração dos livros impressos.
No intuito de ver o programa funcionando fomos até a Escola Estadual Barão Herculano Valim dos Santos Ensino Fundamental e Médio, onde acompanhamos as aulas da Professora Julielly Bernardi Mouro que trabalha com a disciplina de Geografia, com turmas de sexto ao nono ano do ens. Fundamental dois e de primeiro ao terceiro ano do ens. Médio nas quais utiliza o programa MecDaisy para as aulas onde é necessário o uso de mapas cartográficos, pois o sistema descreve com um alto e rico nível de detalhes estes mapas, permitindo aos alunos com deficiência visual que possam imaginar os relevos, tipos de solos, rochas, rios, montanhas, etc. 

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