A Tecnologia em prol de
pessoas com necessidades especiais.
Por Winicius Phernandes Portela, 1291153.
Polo – Sitio Cercado – Curitiba.
Data 21/08/2017.
Fonte:
http://intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy/
De acordo com
informações do Ministério da Saúde, cerca de 25 milhões de brasileiros possuem
algum tipo de deficiência seja ela motora, auditiva, visual e mental ou
intelectual, o numero corresponde a 14% do total populacional do país – sendo
40% com deficiência visual (total ou parcial).
Esses fatos levaram o
governo federal a tomar algumas ações e implantar melhorias nas cidades
procurando aumentar a segurança e facilitar o dia a dia desta parcela da
população. Alguns municípios possuem ônibus especiais com bancos preferenciais,
letreiros luminosos e gravações informando a próxima parada, e plataformas para
acesso de cadeirantes. Outro dispositivo interessante são os semáforos sonoros
que avisam quando muda o sinal de vermelho para verde e vice e versa.
Uma maneira encontrada
para prestar assistência aos deficientes foi a de garantir maior chance na
disputa por um emprego ou por uma vaga nas universidades. O artigo 93 da
legislação de 1991 assegura que as empresas que tenham acima de 100
funcionários devem “disponibilizar de 2 a 5 por cento de seus cargos para
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência”. Já as
instituições organizadoras de concursos públicos devem destinar 5% das vagas ao
grupo.
Além de facilitar a
integração dos deficientes através da implementação das politicas afirmativas,
o Brasil como forma de incentivo, busca oferecer subsídios e isenção de alguns
impostos às empresas de tecnologias que se comprometam a desenvolver produtos
adaptados as necessidades daquelas pessoas. O governo Federal faz isto também
com intuito de reduzir os custos de produção, para que, consequentemente o
produto chegue mais barato aos consumidores.
As universidades
brasileiras também assumem a responsabilidade de desenvolver projetos, visando
o bem-estar dos portadores de necessidades especiais.
A universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) trabalhou junto com o Ministério da Educação para
desenvolver o software MecDaisy, nomeado assim por ser baseado no padrão
internacional Daisy. O software permite a leitura / audição de livros no
formato Daisy – (sigla em inglês para Sistema de Informação de
Acesso Digital), que é um padrão e digitalização de documentos utilizado
para a produção de livros acessíveis.
Ao contrario dos
áudio-books, o MecDaisy permite a navegação facilitada pelos livros e maior
interação no momento da leitura, possibilitando a localização de termos e
palavras, navegação ágil pelo índice do livro, inclusão de notas, tudo isso
através de orientações verbalizadas pelo próprio sistema.
O formato Daisy é um
formato livre, ou seja, qualquer pessoa pode utilizá-lo sem necessidade de
pagamento de licença. O MecDaisy faz a leitura dos livros através de uma voz
sintética (digital), desta forma não há necessidade de gravação de frases em
estúdio e pagamento de direitos de voz.
Os livros didáticos
também podem ser convertidos para o formato Daisy, porém, como em qualquer
livro acessível, devem ser incluídos legendas e descritivos nos materiais
gráficos (tabelas, fotografias, mapas, gráficos) para possibilitar a
compreensão do ouvinte. Da mesma forma, os livros ilustrados devem ter suas
ilustrações descritas de forme detalhada para permitir ao leitor “enxerga-las”
através das palavras.
A AS Comunicação Digital
realiza todo o trabalho de conversão de livros em formato Daisy, cumprindo
todas as exigências do FNDE, para que sua editora se preocupe apenas na
editoração dos livros impressos.
No intuito de ver o
programa funcionando fomos até a Escola Estadual Barão Herculano Valim dos
Santos Ensino Fundamental e Médio, onde acompanhamos as aulas da Professora
Julielly Bernardi Mouro que trabalha com a disciplina de Geografia, com turmas
de sexto ao nono ano do ens. Fundamental dois e de primeiro ao terceiro ano do
ens. Médio nas quais utiliza o programa MecDaisy para as aulas onde é
necessário o uso de mapas cartográficos, pois o sistema descreve com um alto e
rico nível de detalhes estes mapas, permitindo aos alunos com deficiência
visual que possam imaginar os relevos, tipos de solos, rochas, rios, montanhas,
etc.

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